terça-feira, 16 de maio de 2017

Rebeldia sem causa - a liberdade dos games


Ainda vai levar um tempo para que nossa geração consiga compreender tanta rebeldia desse tempo em que, nossa juventude, não está condicionada a ideias – como ocorreu na década de 70 – mas simplesmente pela necessidade de afirmar diferenças, singularidade diante deles e da vida.

O que mais me faz refletir é essa tentativa de relação negativa contra os país, uma recusa muitas vezes simbólica, literal. É como chover no molhado. Talvez isso explique essa fase em que eles, os jovens atuais, insistam nessa negativa contra as origens.

Tudo em nome da liberdade ensinada nos games, a conquista de dormir com o namorado, viver histórias sexuais e afetivas mais livres, sem hora marcada, sermões, sem repetir o passado. A negação dos valores morais que nós - nascidos nas décadas de 60 e 70 - aprendemos com os nossos avós. 

O que vivemos certamente é a deformidade dos marcos em que fomos formados. A educação moral e cívica livrou muita gente do aprendizado do mundo, aquela cortina que se abre e nos faz enxergar um modelo contra as nossas vontades, diferente do que pensávamos conquistar quando saímos decididos a renegar tudo e todos que se apresentassem contra nossas motivações.

Negar a família é deixar de se reconhecer. Repito: é como chover no molhado. Isto porque os pais são nossos modelos primários, estão no nosso psíquico, condição genética.

Parafraseando o Mestre Irineu, eu costumo dizer que precisamos plantar novas laranjeiras na esperança de germinar bons frutos, ou seja, “laranjeiras carregadas de laranjas boas”. Ora, isso nada mais é do que a pregação da sustentabilidade regada pela fé.

Construir uma sociedade sustentável é uma tarefa urgente. Esse ser humano em fuga perdeu o senso de cuidado. Não cuida dele próprio, nem do próximo e muito menos da natureza. Uma questão cultural sem dúvida, mas espiritual também.

A batalha não é apenas contra as décadas perdidas, mas contra a máquina publicitária que satura nossas fantasias de consumo. O jovem está como carro avariado, isso o faz cair em qualquer oficina, muitos reduzidos pura e simplesmente a ferro velho.

Juan Phillipe já nos ensinou: “a fé é uma semente que nasce quando se pratica”.


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