Não sei a quem o presidente da CPI dos Transportes instalada
na Câmara Municipal de Rio Branco, vereador Railsson Correia (PTN) pensa que pode enganar ao reafirmar
exaustivamente, que os trabalhos da Comissão não acabarão em pizza.
Ora, as manobras que foram feitas para garantir maioria do
bloco do prefeito na comissão já fadaram essa comissão ao fracasso. Ela nasceu
morta.
Quarenta dias instaurada, nenhuma oitiva foi realizada pelos
membros da comissão. Todo o “trabalho” até agora se resumiu em análise de
documentos. Nenhum empresário, nenhum membro do Conselho Tarifário foi
convocado para depor ou prestar esclarecimentos.
Não sei se o vereador Railsson Correia (PTN) gosta de pizza,
mas vai ter que aprender sobre essa relação de comida e o resultado da investigação
sobre os transportes públicos na capital? Ou seja, pizza e comida, a combinação perfeita.
O que os usuários do transporte coletivo esperam é que
definitivamente se abra a caixa preta em torno do assunto. O PT que tanto
defende transparência, não tem sido capaz de demonstrar como o Conselho
tarifário chega à conclusão de fixar umas tarifas mais caras do país em um
sistema de transporte precário como o nosso.
Os empresários que vivem chorando miséria, que afirmam beira
da falência, não largam o osso. O sistema está praticamente monopolizado e tudo
vai acontecendo aos olhos dos vereadores, dos órgãos controladores e dos
pacatos usuários.
A verdade é que as gratuidades e até a passagem estudantil não se
tornam em prejuízos para as empresas, esses descontos já estão embutidos no
preço que pagam a passagem integral. Porque o riobranquense continua pagando tão caro pelo sistema?
Há indícios de improbidade administrativa nos benefícios e isenções dados pela prefeitura às empresas em Rio Branco. É tudo tão misterioso que a classe de motoristas e
cobradores, mesmo diante da maior crise financeira enfrentada no país, sequer
aderiram ao Dia de Greve Geral feito ontem pelos grandes sindicatos ontem (28). A impressão que
se passa é que tá tudo dominado.
Dizer em toda entrevista que a CPI não vai acabar em pizza
parece ser uma necessidade de explicação à sociedade de algo que nunca andou e
nem vai dar em lugar algum. A não ser em pizza.
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