quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Além de jornalista eu sou um ser humano normal

Uma pesquisa feita por Eduardo Pinto e Silva e Roberto Heloani, psicólogos paulistas das Universidade Federal de São Carlos, Universidade Estadual de Campinas e Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, revelou que 70% das matérias investigativas feitas por renomados jornalistas são filtradas ou manipuladas.

Arrisco em dizer que essa é uma das piores frustações que um profissional pode passar.
Porque não é somente o texto que foi apresentado, ali está um pouco da alma do jornalista, a idealização enquanto desejo de transformação, a sua inquietação em revelar algo que estava escondido, obscuro, por debaixo dos panos.

Nossa dedicação é com tanta paixão a essa profissão, nutrimos por ela uma relação de amor e ódio que embora isso seja rotina – como mostra a pesquisa comentada – nunca acreditamos que vai acontecer de novo. Renovamos sempre a esperança de que podemos praticar jornalismo social e que podemos contribuir realmente com o poder fiscalizador.

Uma boa pauta, um roteiro elaborado e uma expectativa promissora é tudo que queremos, mas as vezes isso tudo se reduz a nada. Nada podemos fazer, a não ser ouvir e ver, obedecer, recolher-se ao indiferente.


São coisas da vida. Desta vida minha de jornalista. E de ser humano. Normal.
Amanhã é um novo dia, o sol vai nos dar a oportunidade de viver intensamente, 

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