Uma pesquisa feita por Eduardo Pinto e Silva e Roberto
Heloani, psicólogos paulistas das Universidade Federal de São Carlos,
Universidade Estadual de Campinas e Fundação Getúlio Vargas de São Paulo,
revelou que 70% das matérias investigativas feitas por renomados jornalistas
são filtradas ou manipuladas.
Arrisco em dizer que essa é uma das piores frustações que um
profissional pode passar.
Porque não é somente o texto que foi apresentado, ali está
um pouco da alma do jornalista, a idealização enquanto desejo de transformação, a sua inquietação em revelar algo que estava escondido, obscuro, por debaixo
dos panos.
Nossa dedicação é com tanta paixão a essa profissão,
nutrimos por ela uma relação de amor e ódio que embora isso seja rotina – como mostra
a pesquisa comentada – nunca acreditamos que vai acontecer de novo. Renovamos
sempre a esperança de que podemos praticar jornalismo social e que podemos
contribuir realmente com o poder fiscalizador.
Uma boa pauta, um roteiro elaborado e uma expectativa
promissora é tudo que queremos, mas as vezes isso tudo se reduz a nada. Nada
podemos fazer, a não ser ouvir e ver, obedecer, recolher-se ao indiferente.
São coisas da vida. Desta vida minha de jornalista. E de ser
humano. Normal.
Amanhã é um novo dia, o sol vai nos dar a oportunidade de viver intensamente,
Amanhã é um novo dia, o sol vai nos dar a oportunidade de viver intensamente,
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