quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Quando o assunto é segurança governo do Acre age como o Rabecão


Há tempos venho divulgando conteúdo e números que revelam a inexistência de políticas públicas sociais voltadas para a nossa juventude. Domingo passado (4) os dados do Índice Juvenil de Vulnerabilidade (IJV) revelaram mais uma vez que o Acre é um estado pobre, com jovens desempregados e fora da escola. 

Qual o resultado dessa equação?
Violência, provocada em sua maioria para manutenção do tráfico de drogas.

Depois de negar várias vezes – como Pedro negou a Jesus – a secretaria de segurança pública agora reconhece a existência de facções comandando o crime de dentro das cadeias. Foi preciso a bomba estourar para que as autoridades aprimorassem a ofensiva. Esse aviso foi dado muito antes, há anos o sindicato dos agentes penitenciários vem alertando as autoridades locais.

Ficar posando em fotografias ao lado de desembargadores não resolve o problema de segurança pública do Acre. O governo precisa de atitudes mais corajosas. 

Agora à noite, mais um ônibus foi incendiado, somam-se 16 os veículos destruídos em ações que continuam sendo ordenadas e organizadas de dentro do presídio. O presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) que chegou a ser interditado pela Justiça do Acre por falta de condições adequada de funcionamento.

E qual das medidas anunciadas na época foi cumprida? 
Arrisco-me a dizer que praticamente nenhuma das mais urgentes. O scanner corporal, por exemplo, embora tão solicitado pelos agentes até hoje não foi instalado. E tudo com amplo conhecimento do Ministério Público, da Vara de Execuções Penais.

Sabemos que a discussão sobre esse tema é ampla, exige inclusive um arrojado papel social que parece não existir. Qual é mesmo o projeto social do governo do estado e do município de Rio Branco? 

Parece que agir no famoso sistema rabecão é a grande ação no combate a violência.

Salve-se quem puder! Vamos para mais uma noite onde todos os crimes parecem estar permitidos, as facções precisam liberar os seus instintos de violência.


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