Há tempos venho divulgando conteúdo e números que revelam a
inexistência de políticas públicas sociais voltadas para a nossa juventude.
Domingo passado (4) os dados do Índice Juvenil de Vulnerabilidade (IJV) revelaram
mais uma vez que o Acre é um estado pobre, com jovens desempregados e fora da
escola.
Qual o resultado dessa equação?
Violência, provocada em sua maioria
para manutenção do tráfico de drogas.
Depois de negar várias vezes – como Pedro negou a Jesus – a secretaria
de segurança pública agora reconhece a existência de facções comandando o crime de dentro das cadeias. Foi preciso a bomba estourar para que as autoridades
aprimorassem a ofensiva. Esse aviso foi dado muito antes, há anos o sindicato
dos agentes penitenciários vem alertando as autoridades locais.
Ficar posando em fotografias ao lado de desembargadores não
resolve o problema de segurança pública do Acre. O governo precisa de atitudes mais corajosas.
Agora à noite, mais um ônibus
foi incendiado, somam-se 16 os veículos destruídos em ações que continuam sendo ordenadas e
organizadas de dentro do presídio. O presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) que chegou a ser
interditado pela Justiça do Acre por falta de condições adequada de
funcionamento.
E qual das medidas anunciadas na época foi cumprida?
Arrisco-me
a dizer que praticamente nenhuma das mais urgentes. O scanner corporal, por exemplo, embora tão
solicitado pelos agentes até hoje não foi instalado. E tudo com amplo
conhecimento do Ministério Público, da Vara de Execuções Penais.
Sabemos que a discussão sobre esse tema é ampla, exige inclusive um arrojado papel social que parece não existir. Qual é mesmo o projeto social do
governo do estado e do município de Rio Branco?
Parece que agir no famoso sistema rabecão é a
grande ação no combate a violência.
Salve-se quem puder! Vamos para mais uma noite onde todos os crimes parecem estar permitidos, as facções precisam liberar os seus instintos de violência.
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