Tudo bem que exista o embate político com os vários pontos
de vista, a diversidade de opiniões, posicionamentos contrários e divergentes
que se chocam aqui e ali. Isso é normal em situações e ocasiões pontuais. É
tolerável até certas paixões, afinal, política envolve emoções, questões
sensíveis, enfim, contendas a cerca de vários interesses.
Mas alimentar picuinhas sem pé e sem cabeça e ainda,
praticar o fogo amigo, parece mais desespero ou falta total de objetivos e
foco. Como diz minha mãe: é a troca de nada por coisa alguma. Assim tem se
comportado um setor da oposição no Acre que se ocupa em falar mal da própria
oposição.
Amadorismo total.
Suicídio político.
Suicídio político.
Não vejo outro motivo para o orgasmo virtual que tenho visto
nos últimos dias nas redes sociais onde muitos bajuladores, cegos pela paixão, insuflaram
um debate destemperado, provocando entre suas principais lideranças, uma verdadeira
lavagem de roupa suja fora de época que contou com a contribuição da
“informação chapa-branca” e de colunistas políticos que acreditam falar ou
escrever sem ideologia nenhuma, e ainda, jurando que seus comentários são
isentos, práticos e objetivos. Obsessão pura.
Tem gente que não consegue encarar a verdade de forma lógica
e clara.
Ainda bem que política é como um jogo em movimento e às
vezes precisamos nos deslocar para fazermos a melhor jogada.
Acredito que qualquer candidatura majoritária da oposição,
seja para 2016 ou 2018, vai precisar sair desse caminho estreito, de mão única,
do fazer oposição por fazer. Do tecer criticas sem apresentar nada em troca,
apenas do bater por bater, sem compromisso com nada, somente com a ideia fixa
de contrapropaganda.
Nunca é demais lembrar que esse foi o caminho que levou
algumas lideranças políticas da oposição a derrotas consecutivas nas últimas
eleições.
O que temos do lado de lá?
Um grupo forte que se profissionalizou em fazer campanhas,
que sabe usar muito bem a “máquina pública”, que derrama dinheiro sem pena no
chamado “Dia D” e que ainda tem a seu favor, as pesquisas encomendadas.
São os mesmos autores para um mesmo enredo!
Para 2016, por exemplo, Marcus Viana continua surfando nas
ondas da popularidade. Livre, leve e acordando de madrugada, andando mais que
notícia ruim, tem excelentes índices de aceitação nos últimos seis meses,
período em que Rio Branco virou “a capital dos buracos”.
Vão apostar novamente na campanha feita apenas em 90 dias?
Falam em pobreza, mas sequer sabem dizer o nome de uma
família que mora no Caladinho ou até mesmo um logradouro de um dos bairros mais
carentes de Rio Branco. Muitos nem aqui residem, voltam de quatro em quatro
anos arrotando moralidade e fórmulas mágicas para resolver os problemas do
Acre.
É preciso, é possível, construir uma discussão política com
um grupo forte e alternativo. Repito: não precisa reinventar a roda, tirar a
gravata, usar vermelho ou azul, citar Shakespeare, ou tomar vinho branco.
É preciso profissionalismo.A paixão, em geral, nos cega.
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