Observando as entrevistas feitas após o resultado das eleições com o senador eleito, Gladson Cameli (PP-AC), tem uma pergunta que todos os jornalistas insistem em fazer, talvez, na busca de uma explicação para a explosão de votos em favor do progressista:
_ A que o senhor atribui o resultado das eleições?
Ora meus
amigos, embora não esconda pra ninguém a minha simpatia pelo Senador eleito, não
tenho nenhuma procuração para falar em nome dele. Mas uma coisa
foi extremamente clara nessa eleição: o eleitor está em busca de propostas
factíveis e não de promessas mirabolantes como fez, por exemplo, o Tião Bocalom.
Agressões verbais aos adversários foi outra fórmula ultrapassada, utilizada
pela campanha da comunista Perpétua Almeida e pelo marketing do tucano Marcio Bittar.
Gladson tem
razão quando diz que isso é política pequena. Concordo também quando ele afirma
que quem errar menos nesse Segundo Turno ganha as eleições.
Resta saber
se o seu candidato ao governo, Marcio Bittar, vai seguir tal conselho. A receita está
sendo dada à própria candidata Dilma Rousseff. No cenário nacional, o
governador eleito por Minas, Fernando Pimentel, diz ser contra o PT adotar uma
campanha agressiva no Segundo Turno. “Campanha não vale tudo”, disse o
governador eleito e amigo da presidente.
Com uma campanha propositiva, semelhante a adotada
por Gladson Cameli no Acre, Pimentel quebrou um ciclo de vitórias tucanas na
terra de Aécio.
O
jornalista, especialista em marketing eleitoral e proprietário do Fortiori
Pesquisa, Diagnóstico e Marketing, Gean Carvalho afirma que os ataques não têm
efeito positivo numa campanha. “As pessoas não estão interessadas em brigas
entre políticos, mas em soluções para os seus problemas. Além disso, o ataque
de um adversário a outro é algo esperado, trivial, não causa o menor efeito no
voto.”
A tropa de
sopapos pode até divertir quem está na frente da telinha, mas o elemento
definidor do voto, segundo Carvalho, está na capacidade de resolver os
problemas que ele enxerga nos candidatos. Portanto, baixaria não entra nesse
campo.
Outro ponto
positivo para quem sofre ataques, a condição de vitima, é desfavorável para
quem adota esse tipo de campanha irracional. E não precisa ser nenhum
especialista em metodologia de pesquisa para afirmar que o discurso de Marcio
Bittar ainda não empolgou a grande maioria do eleitor de forma suficiente para ele arriscar uma
alternância de poder.
Longe de
alguns comentários vazios das redes sociais que tentam inclusive creditar a
Gladson Cameli a derrota ou vitória de Marcio Bittar no Segundo Turno das eleições
no Acre, digo que a equipe que coordena a campanha da Aliança Por Um Acre
Melhor precisa urgentemente rever seu tom de ataques.
E dizia isso bem antes do
início das eleições Leia: (Quem vai consertar o telhado). Ou seja, não é apenas dizer que a saúde ou a segurança
pública vai ruim. É preciso apresentar propostas para que os problemas sejam
resolvidos.
Bater por
bater só tira voto. E isso não é novo, viu Marcus Viana!
Nenhum comentário:
Postar um comentário