terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Sabe aquela sensação que temos de que estamos ficando velho?

Olhamos para trás e pensamos em tudo que construímos. Olhamos para frente e pensamos no que ainda podemos fazer. Comentei isso hoje com Geane no aniversário de minha mãe, que completou 78 anos. 


Geane em tom ríspido disse que eu estava no topo da idade.
Pensei comigo mesmo: deve ser a aproximação do novo ano que nos faz listar as boas ações que queremos ou às vezes chorar de arrependimento como meu irmão mais velho.

Isso me fez lembrar um texto de Paulo Coelho que diz:

“A busca espiritual é uma ponte sem corrimão atravessando um abismo. Se alguém está muito perto do lado direito, eu digo ‘para a esquerda! ’ Se se aproxima do lado esquerdo, eu digo ‘para a direita!’. Os extremos nos afastam do caminho”.


Quanto mais velho, mais louvar a Deus. Assim disse o monge para o velho que atravessava a aldeia. E quando o jovem se aproximou do mesmo monge e perguntou como fazer para se aproximar de Deus? Ele respondeu: Não se divirta tanto.

A cada ano que passa devemos buscar o equilíbrio.
E para ganhar um novo ano, tem de merecê-lo, fazê-lo de novo.

Foi bom sentar ao lado de meu irmão Batista e ver os seus olhos que contêm o olhar antigo. Tem coisas que a vida não explica. A palavra, a nossa história, nossa verdade fazendo escola.

Vou dormir com essa sensação de velho e novo, metade de mim agora é assim...
Do outro lado, a luta, a força e a coragem de seguir em frente
o novo, o credo, a fé.

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