terça-feira, 17 de setembro de 2013

Politica se faz conversando e não com intransigência


Passei a ter tratamento diferenciado no “ninho tucano” desde o dia em que participei de um ato político e escrevi uma matéria focando a falta de rumo da oposição. Ora, naquele dia o presidente da municipal do PMDB, deputado Chagas Romão, já afirmava que o partido não tinha preferência por uma candidatura majoritária. João Marcos que agora jura amores ao PSDB cobrava reuniões das principais lideranças da oposição no período pós-campanha.

Não precisou de muito tempo para se concluir que realmente a oposição estava e continua sem rumo.
O exercício do diálogo é o que menos permeia entre as lideranças. Pior, se esqueceram de combinar vários trechos de seus discursos entre eles mesmos e com suas bases, com a sociedade. 

Exatamente aquele trecho ético que fala da promoção da confiança, a reconciliação, de abertura, de transparência.

Esqueceram o óbvio. Politica se faz conversando e quem deseja liderar qualquer processo tem que exercitar esse diálogo o tempo todo, toda hora. 

Ao não procurar ouvir suas bases a oposição se iguala ao pior erro da Frente Popular do Acre: a intransigência. Num regime democrático não há lugar para a imposição, qualquer projeto que tem tal característica estará fadado ao insucesso.



Do jeito que caminha a oposição nos faz acreditar que perdeu a característica fundamental da ciência política que é a arte da conversação. Não se faz política com pensamento inarredável. O recuo revela grandiosidade dos gestos. A sabedoria está na humildade. 

Mas quem vai recuar?
Já sugeri que setores da oposição troquem o brega pelo clássico. Para a atual gestão tucana lembro Aristóteles, filosofo grego que usava as seguintes expressões para ensinar política: “viver, viver bem e relacionar-se bem para viver melhor”.

Concluo:
Por mais bonitos e estruturados que sejam os pronunciamentos eles precisam sair do verbo para a prática, se tornar palpáveis, vividos. A oposição precisa promover a confiança.

Se não seguir essa cartilha, a oposição vai permitir a quarta edição de um livro já velho e desgastado em sua forma e conteúdo: a permanência da Frente Popular no poder.

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