sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mamãe não quero ser prefeito!


Na contra mão das boas expectativas depositadas em janeiro de 2013, os prefeitos do Acre e de todo o país vêm sendo avaliados sob sonoras rejeições como verdadeiros Judas malhados em praça pública. Faltam recursos – concentrados em sua maioria nos cofres da união – e sobram responsabilidades.

Em alguns municípios como Assis Brasil, nem a limpeza pública vem sendo realizada a contento. Em Acrelândia o Conselho Tutelar fechou as portas e no município do Bujari, moradores decidiram construir por conta própria, paradas de ônibus, tamanha é a ineficiência do poder público.

Em meio à crise que praticamente está levando os municípios à falência, o presidente da Amac, prefeito Marcus Alexandre, exibe receitas culinárias pelas redes sociais, faz selfie em ônibus sucateados na capital e, muito pouco, ou quase nada tem feito na defesa das cidades.

Em Brasília, na semana que antecedeu o carnaval, o prefeito Carlinhos Portela, de Porto Acre, pediu ao senador Gladson Cameli (PP-AC) que acelere junto ao governo federal, o chamado pacto federativo que rever as dívidas de estados e municípios. Na prática, o prefeito tucano afirma que os repasses do dia 10 continuam sendo sequestrados, inviabilizando os investimentos com recursos próprios em pelo menos 10 cidades acreanas.

Carlinhos que é cantor – e deve antes de terminar o mandato lançar um CD Sertanejo – já pensa em incluir em seu repertório a música “cowboy fora da lei” de Raul Seixas, tamanha são as dificuldades enfrentadas. Aliás, essa música nunca fez tão sucesso como na atualidade, onde, com raríssimas exceções, os prefeitos contam os dias para largar o cargo antes tão cobiçado.

Frustrados, os eleitores vão concluindo, aos poucos, que seus sonhos estão indo por água abaixo. E mais quatro anos se passam.

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