Na contra mão das boas expectativas depositadas em janeiro
de 2013, os prefeitos do Acre e de todo o país vêm sendo avaliados sob sonoras
rejeições como verdadeiros Judas malhados em praça pública. Faltam recursos –
concentrados em sua maioria nos cofres da união – e sobram responsabilidades.
Em alguns municípios como Assis Brasil, nem a limpeza
pública vem sendo realizada a contento. Em Acrelândia o Conselho Tutelar fechou
as portas e no município do Bujari, moradores decidiram construir por conta
própria, paradas de ônibus, tamanha é a ineficiência do poder público.
Em meio à crise que praticamente está levando os municípios
à falência, o presidente da Amac, prefeito Marcus Alexandre, exibe receitas
culinárias pelas redes sociais, faz selfie em ônibus sucateados na capital e,
muito pouco, ou quase nada tem feito na defesa das cidades.
Em Brasília, na semana que antecedeu o carnaval, o prefeito
Carlinhos Portela, de Porto Acre, pediu ao senador Gladson Cameli (PP-AC) que
acelere junto ao governo federal, o chamado pacto federativo que rever as
dívidas de estados e municípios. Na prática, o prefeito tucano afirma que os
repasses do dia 10 continuam sendo sequestrados, inviabilizando os
investimentos com recursos próprios em pelo menos 10 cidades acreanas.
Carlinhos que é cantor – e deve antes de terminar o mandato
lançar um CD Sertanejo – já pensa em incluir em seu repertório a música “cowboy
fora da lei” de Raul Seixas, tamanha são as dificuldades enfrentadas. Aliás,
essa música nunca fez tão sucesso como na atualidade, onde, com raríssimas
exceções, os prefeitos contam os dias para largar o cargo antes tão cobiçado.
Frustrados, os eleitores vão concluindo, aos poucos, que seus sonhos estão indo por água abaixo. E mais quatro anos se passam.
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