Essa portaria 443/14, assinada pela ministra do meio
ambiente, Isabelle Teixeira, mostra claramente como o governo federal sofre com o mau planejamento.
O documento impede os empresários do setor madeireiro a coleta,
corte, transporte, armazenamento, manejo, beneficiamento e comercialização de
espécies consideradas em risco de extinção.
Até ai tudo bem, o problema é que, são muitos os questionamentos que ainda não foram respondidos causando uma insegurança jurídica ao setor. Os empresários em todo o Brasil ficaram alarmados. No Acre, representantes procuraram os
deputados estaduais na manhã desta quinta-feira (19) na Assembleia Legislativa em busca de apoio político.
Os impactos da portaria – se não for revogada – serão estendidos
aos setores: moveleiro, de cerâmica e até a construção civil. Das espécies
reconhecidas como em risco de extinção na lista oficial publicada pelo governo,
pelo menos três (cerejeira, cedro e angelim) são alvo de colheitas manejadas
pelo setor do Acre.
Isso quebraria o estado que tem nesse ambiente, a sua única
indústria forte, que emprega cerca de 20 mil pessoas.
Enquanto a ministra demora em esclarecer onde foram
realizados os estudos que serviram de base para a deliberação, algumas empresas
amargam prejuízos com produtos que já foram colhidos e estão no pátio para
serem transportados e comercializados.
A miopia do governo federal atingiu até as comunidades
tradicionais do Daime e União Vegetal. O cipó banisteriop caapi foi elencado na
portaria, proibindo os centros usuários desta bebida milenar, de explorá-lo e
transportá-lo.
Como disse no início, esse governo sofre com o mau planejamento. Projetos de gabinete nunca deram certo, muito menos no
Brasil, um país com dimensões continentais, marcado por diferenças sociais e
regionais.
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